Já vivemos hoje um mundo diferente daquele que tínhamos há 3 meses atrás, sem dúvida nenhuma. A extensão dessas mudanças (e as que de fato permanecerão) ainda é uma incógnita. É possível que depois de 2 ou 3 anos do início dos períodos de quarentena as pessoas voltem a se comportar como faziam antes do Corona aparecer? Sim, possível é, sem dúvidas, mas a Logística será um fator determinante.
Mas certamente hábitos desenvolvidos durante os períodos de quarentena permanecerão, com menor ou maior grau a depender de faixa etária, renda, impacto que a doença para empresas e familiares próximos, etc…
O que podemos supor é que depois disso tudo algumas barreiras físicas serão quebradas e o trabalho remoto deve permanecer por muito tempo. E isso muda radicalmente a dinâmica de abastecimento das lojas. É provável que lojas de bairro e comércios locais, na rua, ganhem relevância, uma vez que nem todos vão querer mais se deslocar para grandes centros de compras e shoppings (esse em especial por conta da majoritária circulação de ar através de ar condicionado).
Além disso é provável que as pessoas usem menos seus automóveis, dando preferência para compras menores e próximas às suas residências, pois é certo que o isolamento “forçado” não demorará muito a acabar, principalmente por conta da gradativa abertura do comércio que já vêm acontecendo em diversos estados, como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso, só para citar alguns exemplos.
Processo Logístico
Apostamos nas compras feitas por aplicativos com retirada rápida em lojas físicas (pick up and go), um desejo grande de melhorar a qualidade da alimentação, dando preferência a alimentos e produtos frescos e no sucesso de lojas de bairro de menor tamanho, isso para bairros classe A e B. Para a classe C em diante, apostamos ainda mais no sucesso dos atacarejos, em especial àqueles localizados em bairros bastante populosos e com amplos estacionamentos.
Atenção Varejista
Mas fica o aviso: aqueles varejistas que se adaptarem melhor ao omnichannel, dando opção para o cliente quando (e como) quiser certamente terão um maior sucesso. O consumidor pós Covid quer comodidade, quer ter o poder de decidir quando e como irá comprar e, por não ter que sair mais tanto de casa, não quer ser surpreendido pela falta de um item que gosta, caso opte por ir à loja física, fazendo com o que varejista tenha que prestar ainda mais atenção na ruptura, em especial para ítens de higiene, mercearia, bebidas e limpeza.
A logística já vem a algum tempo se modernizando, mas agora, fica evidente a necessidade de melhorar esse processo. Seja o pequeno varejista ou aquele grande, ambos estão sentindo que a logística será fator determinante para ganhar escala.